Olá
pessoas,
Da minha
janela do trabalho eu consigo enxergar muito bem os pedestres, os carros, as
manifestações... Enfim, tudo o que acontece na rua e tenta chamar minha
atenção. Nesse tempo que trabalho lá (e sento no mesmo local) vi cenas
inusitadas, mas nada como o que aconteceu no outro dia.
Um pombo
que sobrevoava os bancos da praça “resolveu morrer sentado no banco”. Tal fato
não deveria gerar nenhum tipo de lembrança na minha cabeça se não fossem os
tais pedestres que passaram ao lado do “defunto”.
Primeiro
uma mulher com um bebê de colo, sentou ao lado do pássaro e tentava fazê-lo
levantar enquanto mexia, com a mesma mão, no seu filho. Ignorando completamente
a quantidade de doenças que um simples pombo pode causar. Talvez ela tenha
pensado que estando morto, as bactérias tenham morrido junto com ele...enfim...
Depois de
algum tempo uma senhora sentou ao lado do bicho enquanto saboreava uma bebida ,
porém em um determinado momento ela jogou a bebida no corpo desfalecido da ave.
Mas o pior
ainda estava por vir, dois desabrigados sentaram nas imediações do banco onde
estava a ave e após alguns minutos resolveram ver do que se tratava aquilo.
Após olharem com carinho para a ave e
demonstrar que tirariam o bicho de cima do banco, um dos desabrigados pegou a
ave e colocou na cabeça, o usando como um chapéu.
Inúmeras
pessoas passavam pela cena e olhavam os dois sem fazer nada. Mas devido à essa
cena e indignação das pessoas que trabalham comigo, ficamos um tempo
consternados esperando pelos próximos acontecimentos e pudemos ver a quantidade
de pessoas que paravam para conversar com os dois. Não pareciam estar falando
sobre o novo chapéu de um deles, mas sobre o fato deles estarem na rua e tentarem
entender os motivos. Diversos homens engravatados paravam e sentavam ao lado
dos dois para ouvir suas histórias e a conversa seguia sempre animada.
O pássaro continuou na cabeça do homem até que chegou uma garota de colete
vermelho para lhe retirar daquele local. Ele lhe entregou suas sacolas e a
seguiu sem reclamar enquanto se despedia dos seus amigos de colarinho branco
que estavam sentados ao seu lado.
Depois me
avisaram que a garota de colete vermelho era uma voluntária de um centro de
apoio aos desabrigados do bairro em que trabalho. O que acontece é que eles não podem ser
obrigados à irem aos centros comunitários (o que eu concordo plenamente), então
todas as pessoas que sentavam e batiam papo eram trabalhadores dos prédios
vizinhos (e do prédio que trabalho) que tentavam os convencer de que o abrigo
era um bom lugar para estar. Após o aceite, eles ligaram para os voluntários
que foram lá para os acompanharem.
Adorei
interessante poder acompanhar esses acontecimentos.
Ah! E antes
de ouvir gracinhas, apesar de termos acompanhado tudo isso, nós trabalhamos
bastante por lá, ok?
Abraços
2 comentários:
ahahahahahahahah, desculpe, mas a gracinha veio logo na primeira linha ahahah
Agora isso dá um filme meu caro!
só para alertá-los, seu blog está com viros, pelo menos o meu ati virus detectou.
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