14 de setembro de 2012

Fatos inusitados


Olá pessoas,

Da minha janela do trabalho eu consigo enxergar muito bem os pedestres, os carros, as manifestações... Enfim, tudo o que acontece na rua e tenta chamar minha atenção. Nesse tempo que trabalho lá (e sento no mesmo local) vi cenas inusitadas, mas nada como o que aconteceu no outro dia.

Um pombo que sobrevoava os bancos da praça “resolveu morrer sentado no banco”. Tal fato não deveria gerar nenhum tipo de lembrança na minha cabeça se não fossem os tais pedestres que passaram ao lado do “defunto”.

Primeiro uma mulher com um bebê de colo, sentou ao lado do pássaro e tentava fazê-lo levantar enquanto mexia, com a mesma mão, no seu filho. Ignorando completamente a quantidade de doenças que um simples pombo pode causar. Talvez ela tenha pensado que estando morto, as bactérias tenham morrido junto com ele...enfim...

Depois de algum tempo uma senhora sentou ao lado do bicho enquanto saboreava uma bebida , porém em um determinado momento ela jogou a bebida no corpo desfalecido da ave.

Mas o pior ainda estava por vir, dois desabrigados sentaram nas imediações do banco onde estava a ave e após alguns minutos resolveram ver do que se tratava aquilo.

Após  olharem com carinho para a ave e demonstrar que tirariam o bicho de cima do banco, um dos desabrigados pegou a ave e colocou na cabeça, o usando como um chapéu.
Inúmeras pessoas passavam pela cena e olhavam os dois sem fazer nada. Mas devido à essa cena e indignação das pessoas que trabalham comigo, ficamos um tempo consternados esperando pelos próximos acontecimentos e pudemos ver a quantidade de pessoas que paravam para conversar com os dois. Não pareciam estar falando sobre o novo chapéu de um deles, mas sobre o fato deles estarem na rua e tentarem entender os motivos. Diversos homens engravatados paravam e sentavam ao lado dos dois para ouvir suas histórias e a conversa seguia sempre animada.

O pássaro continuou na cabeça do homem até que chegou uma garota de colete vermelho para lhe retirar daquele local. Ele lhe entregou suas sacolas e a seguiu sem reclamar enquanto se despedia dos seus amigos de colarinho branco que estavam sentados ao seu lado.

Depois me avisaram que a garota de colete vermelho era uma voluntária de um centro de apoio aos desabrigados do bairro em que trabalho.  O que acontece é que eles não podem ser obrigados à irem aos centros comunitários (o que eu concordo plenamente), então todas as pessoas que sentavam e batiam papo eram trabalhadores dos prédios vizinhos (e do prédio que trabalho) que tentavam os convencer de que o abrigo era um bom lugar para estar. Após o aceite, eles ligaram para os voluntários que foram lá para os acompanharem.

Adorei interessante poder acompanhar esses acontecimentos.

Ah! E antes de ouvir gracinhas, apesar de termos acompanhado tudo isso, nós trabalhamos bastante por lá, ok?

Abraços

2 comentários:

ahahahahahahahah, desculpe, mas a gracinha veio logo na primeira linha ahahah
Agora isso dá um filme meu caro!

só para alertá-los, seu blog está com viros, pelo menos o meu ati virus detectou.

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