Oh Canadá!

Blog criado para informar familiares e amigos sobre nossas aventuras e desventuras em terras canadenses

Viagem de Prospecção - Toronto

O início da nossa viagem para ver se as histórias faziam jus ao real

Viagem de Prospecção - Ottawa/Gatineau

A nossa viagem chega na capital canadense e na divida com a Belle Province.

Viagem de Prospecção - Ville du Québec

Visitando a lindíssima Ville du Québec.

Viagem de Prospecção - Montréal

O final da nossa viagem nos levou à Montréal

17 de janeiro de 2012

Férias – parte 2

Olá pessoas,

Ainda contando a mesma história deste post quando tivemos nossas mini-férias aqui no Canadá.

Ainda falando de Ville de Québec, descobrimos durante as pesquisas pré-viagem que o grupo Cowboys Fringants faria show no Grand Théâtre de Québec e ficamos muito interessados.
Les Cowboys Fringants é uma banda neo-trad (misturando música foclórica modernizada quebequense com pop rock) e country de Repentigny (região metropolitana de Montreal). Os Les Cowboys Fringants são uma das principais bandas francófonas do Canadá, possuíndo alguma fama internacional em outros países francófonos, tais como a França e a Suíça, sendo também famosos pelas suas músicas de protesto.

Em um dos dias em que estávamos passeando pela cidade, resolvemos passar no local do show para comprar nossas entradas e conhecer um pouco daquela área que ainda não nos era conhecida. Não enfrentamos fila para comprar a entrada e conhecemos um pouco das instalações do teatro.

Mais tarde, depois de um dia de atividades chegamos um tempo antes do show e já vimos uma massa de jovens se dirigindo ao local. Ao entrar, o antes calmo teatro estava lotado de gente formando filas. Fomos deixar nossos casacos e vimos que uma das filas era das bebidas que eram permitidas na sala do show. Se vocês são como eu, já imaginaram garrafas voando, banho de cerveja e bêbados chatos. Com esse pensamento interessante, fomos procurar nossos lugares.

A sala do show é realmente na sala do teatro, tudo muito bonito e bem espaçoso. O show começou na hora marcada fazendo todos saírem do chão, pulando e cantando, foi incrivelmente interessante ver como os québecas se comportam e diferente do que tinha imaginado, não teve garrafa voando, nem bêbados chatos e nem cadeiras ou pessoas tomando banho de cerveja (ou outras bebidas), mesmo com o show possuindo um intervalo para as pessoas irem ao banheiro e reabastecerem os copos.
Foi possível sentir a tradição, entender o folclore e chegar um pouquinho mais perto da cultura Québecois durante o show. Ouvindo as histórias entre as músicas, entendendo as letras cheias de sentidos militantes e vendo o modo que as pessoas dançavam, fomos transportados para uma outra época. Tudo acompanhado do clima histórico que a própria cidade do Québec já nos proporciona e que cada vez mais perdemos aqui em Montreal.

Saímos depois sem empurra empurra e voltamos pra casa cantarolando as músicas que mais gostamos e adorando essa primeira experiência de show no Québec....






9 de janeiro de 2012

Processos Seletivos dos Cégeps para Integração de Enfermeiros



Olá a todos.

Este post é retrospectivo aos processos seletivos pelos quais passei desde que cheguei à Montréal. Relembro, como neste post anterior, que os enfermeiros devem fazer curso de integração (ou somente estágio) antes de receberem autorização para trabalhar e entrar na Ordem dos Enfermeiros.
As experiências foram interessantes e sempre envolvem uma boa dose de ansiedade e estresse, típicos desses ambientes de avaliação.

Na região de Montréal, atualmente três Cégeps oferecem o curso de equivalência, dois em francês (Vieux Montréal e Edouard-Montpetit, este em Longueuil) e inglês (John Abbott College). Eu fiz os processos de ambos os Cégeps em francês.
A seguir, uma breve descrição do processo de cada um deles:

1. Cégep Vieux Montréal
Turma de 24 alunos, com início previsto para dezembro. Avaliação em três partes:

1. Realizado no primeiro momento, na sessão de informação do curso:
a) ditado (dois parágrafos com situação hospitalar simples)
b) redação (duas opções de temas: conte um evento marcante na vida profissional; ou conte uma situação de dificuldade de comunicação e suas conseqüências).

2. Entrevista com enfermeira e coordenadora do curso.
Coordenadora questiona experiências anteriores de trabalho (e questiona se teria condições de acompanhar o curso uma vez que a maior parte de minhas experiências foram fora do hospital), motivações para o curso e porque de escolha do Vieux-Montréal; enfim, questões gerais para avaliar motivação e quanto o candidato conhece do curso.
Enfermeira coloca questões-casos hospitalares. As minhas perguntas foram:
a) Um paciente em 1º. dia de pós-operatório de cirurgia no quadril. Quais cuidados de enfermagem são necessários?
b) Um paciente está sentado em uma cadeira e lhe diz que está com tontura. O que você faz?
c) Um paciente aguarda no Pronto Socorro e lhe pergunta quais as diferenças entre infarto e angina. O que você responde?

3. Avaliação de cálculos de medicamentos. Não cheguei a fazer, pois não fui aprovado. Recebi um feed-back por escrito explicando as razões, centradas na melhora dos conhecimentos hospitalares.
Uma próxima seleção estava prevista para o fim de janeiro, mas até o momento (liguei para o Cégep na sexta) não há data definida.

2. Cégep Edouard-Montpetit – Longueuil
Turma de 30 alunos, com início para dezembro. Avaliação em duas partes:

1. Manhã da sessão de informação do curso: avaliação escrita.
a) Casos clínicos:
i. Paciente com hipo e hiperglicemia.
ii. Caso de edema agudo pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva e insuficiência renal.
iii. Depressão e risco para suicídio.
iv. Ética: você vê um preposé (atendente) sendo rude com um idoso. O que você faz?

b) Cálculos gerais fundamentais (matemática simples)
c) Cálculos de medicamentos (simples e objetivos)
d) Questões pessoais sobre motivação, experiências profissionais anteriores.

2. Tarde da sessão de informação:
a) ditado (passé composé e imparfait)
b) testes orais (múltipla escolha)
c) teste escrito – interpretação de texto (múltipla escolha)
d) redação (tema: um mundo ideal, imaginário ou real)

3. Entrevista (de 10 minutos!) realizada 2 semanas após, com coordenadora do curso.
Comenta rapidamente o desempenho na prova e notas. Em seguida, perguntas diretas:
a) Quanto tempo de Canadá;
b) País de origem;
c) Em que trabalhava no Brasil;
d) Moradia atual;
e) Se tenho filhos;
f) Qualidades que os colegas de trabalho diriam que possuo;
g) O que meus colegas de trabalho diriam que tenho que mudar;

Finalizou a entrevista comentando que havia já uma lista de alunos pré-selecionados da turma anterior (setembro) que teriam preferência para entrada em dezembro e que eu ficaria na lista de espera, muito provavelmente. Pediu que aguardasse confirmação por escrito. Na confirmação por escrito estou pré-selecionado para a próxima turma, que começa em março próximo.

Bom, das minhas (e só minhas) impressões sobre os dois processos: Achei o processo do Edouard-Montpetit muito cansativo e desgastante, com todas as avaliações num dia só, mas mesmo assim o considero mais completo que o do Vieux. Há uma diferença em relação à forma de análise da documentação, pois no Vieux, o candidato só leva a documentação no dia da entrevista e no E-Montpetit, todo o kit é entregue antes das avaliações. Em teoria, isso permitiria que os selecionadores já soubessem um pouco mais dos candidatos antes do cara-a-cara, mas também poderia já criar um viés de pré-concepção ou pré-julgamento do candidato em função de seu CV, por exemplo.

Aos leitores que acompanham minhas peripécias (já esperadas) um muito obrigado pelos pensamentos positivos. Neste período que antecede o curso continuo a melhorar o francês, o que é mais do que importante.

Abs.
Marcos.

3 de janeiro de 2012

Férias! - Parte 1

Olá pessoas,

Nesse final de ano tivemos umas pequenas férias das nossas atividades de gente grande (cursos e trabalho) e resolvemos fazer o que mais gostamos: viajar (Jhon) e comer (Marcos).

Mesmo não sendo a primeira vez resolvemos ir para Ville de Québec aproveitar a virada do ano na capital da província.
Aproveito o momento para explicar que nós não somos pessoas ligadas a rituais ou cerimônias, então a história de “festa da virada do ano” é o que menos importava em toda a viagem para nós.

Poderíamos chegar lá de 4 modos : carro, trem, ônibus ou avião. Na semana em que estávamos decidindo qual o melhor método, recebemos um e-mail da Air Canadá avisando das fantásticas promoções do final do ano para diversas cidades ou países (das quais ir para Tóquio estava mais barato que ir para o Brasil...) incluindo Ville de Québec. Mas, decidimos ir mesmo de trem serpenteando a floresta, lagos e cidades do caminho, não nos arrependemos nenhum segundo.

No dia da viagem fomos até a Gare Central de Montréal para pegar a passagem que tínhamos comprado pela internet e despachar as malas. No horário programado o trem saiu dando início à nossa viagem.
O trem possui wi-fi para podermos passar o tempo navegando na internet, muuuito espaço entre os assentos (nada parecido com a classe sardinha econômica da Air Canadá) e serviço de “bordo” (que pode ser pago na hora de acordo com seu consumo ou parte do pacote ao comprar a passagem).

Chegamos na Gare do Palais em Ville de Québec e pegamos um Táxi para ir ao nosso hotel. Nesse momento já vimos que diferente de Montréal, nevava bastante por lá. Deixamos as coisas no hotel e fomos passear pela cidade que estava incrivelmente agradável.
Agradável não ficou quando no outro dia o céu  estava azul, sol de rachar e.... -32 graus de sensação térmica. A neve da cidade congelou e virou blocos de gelo que nos faziam andar com dificuldade, mas isso não impediu ninguém de sair na rua fazendo com que todos os lugares estivessem cheios de turistas e moradores da cidade.

Pausa para comentar a lição aprendida no frio de -32. Comprei uma luva nova, pois achava que a minha antiga não agüentaria tais temperaturas. A nova luva é muito boa, tanto que minha mão suou dentro dela devido à proteção contra o frio e esse foi o problema.
Como uma amiga costuma dizer, se vestir no frio é um treino de prospecção. Você não deseja passar frio, mas também não pode passar calor ao ponto de suar, o que fará com que seu suor seque fazendo com que sua sensação térmica caia bruscamente.
Eu já estava começando a sentir esses efeitos e uma leve dor nos meus dedos causada pelo frio, mas não estava ligando.
Nesse momento vimos um tobogã em que poderíamos descer em uma espécie de trenó. Lógico que fomos, porém descer em uma grande velocidade com o vento batendo nas minhas mãos já congeladas não ajudou muito. Quando terminamos eu já não sentia meus dedos. Fui me abrigar no starbucks e com o passar do tempo meus dedos começaram a doer bastante e continuaram doloridos até o outro dia.Mas isso não nos impediu de nada, passeamos por todos os cantos que queríamos.
A cidade estava se preparando para o final do ano e instalava em uma das grandes avenidas do centro, chamada de “Grande allée”, telões e alto-falantes para animar a festa até a meia noite, onde estouraram fogos de artifícios.
Nos outros dias o clima já retornou ao normal. Como brincou a repórter na tv o clima já tinha retornado ao ponto de congelamento, pois -32 fazia a geladeira um lugar agradável de se morar.
No dia da volta estávamos de volta na estação de trem Gare du Palais e pudemos notar que dependendo do trem que você pega algumas coisas mudam.
Primeiro que a gente não “despachou” a mala como na ida para a Capital Nationale, nós mesmos que carregamos a mala até o vagão que ficava o nosso assento. Na parte de trás de cada vagão existe uma espécie de bagageiro onde cada pessoa coloca sua mala e depois pega na hora de descer. Existem algumas paradas pelo trajeto e ninguém fica verificando para saber se você não está pegando a mala alheia.
Esse trem que pegamos pra voltar era mais velho do que o anterior, mas o conforto, wi-fi e tudo mais não foram alterados.

Coloco abaixo algumas fotos da viagem, e depois continuo contando outras coisas que fizemos nessas férias senão esse post fica grande demais.



















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