Oh Canadá!

Blog criado para informar familiares e amigos sobre nossas aventuras e desventuras em terras canadenses

Viagem de Prospecção - Toronto

O início da nossa viagem para ver se as histórias faziam jus ao real

Viagem de Prospecção - Ottawa/Gatineau

A nossa viagem chega na capital canadense e na divida com a Belle Province.

Viagem de Prospecção - Ville du Québec

Visitando a lindíssima Ville du Québec.

Viagem de Prospecção - Montréal

O final da nossa viagem nos levou à Montréal

27 de dezembro de 2011

E o passar das estações....

Olá pessoas,

Nessa época do ano todos já esperam pelo frio e pela neve, porém esse ano o tempo resolveu dar uma rasteira no povo e segurar as rédeas da frente fria. Antes que falem de aquecimento global, somente relembro que, segundo o canal do tempo, em 1938 a temperatura nessa época era de 12 graus POSITIVOS, então não ter neve não é nada...

Quando chegamos aqui em Montréal, tínhamos dias com 30 graus. Passamos por tempestades tropicais e 1 furacão e após esse período a temperatura começou a cair gradativamente. Também passamos por um “L'été des Indiens” que elevou as temperaturas nos dando um último dia de calor quando os termômetros já estavam acostumados à ficar perto do zero.

No momento em que estávamos acostumando com essas alternâncias de temperatura o clima começou a cair e não parou mais. Embora os inúmeros pedidos das mais diversas pessoas para que Saint Peter mandasse neve no povo, somente o frio chegava até aqui. Era como se a ilha de Montréal se protegesse da neve, enquanto as outras cidades já estavam com suas paisagens brancas.

No natal quem pedia pela neve a recebeu como presente, porém ela veio envolvido pelo frio. As temperaturas chegaram à (sensação térmica de) -24, o que nos deu uma nova idéia do que significa esse frio que todo mundo fala. Com essa temperatura, que deixava minha geladeira sendo um lugar agradável de ser morar, testamos nossas roupas para ver se estávamos realmente preparados, vimos janelas congelarem, a movimentação sumir da rua e pessoas escorregarem nas calçadas.
Esse, aliás, foi o problema que esse tempo maluco causou. A água que anteriormente era neve, congelava novamente gerando calçadas e ruas dignas de pista de patinação no gelo. Vimos pessoas caindo, carros perderem a direção e aprendemos que mesmo com a cautela será impossível usar a palavra “nunca” quando se trata dos “verglas”.

Agora estamos caminhando para nossa primeira tempestade de neve, anunciada e temida nos jornais. Veremos o que acontecerá, pois apesar disso tudo as pessoas continuam vivendo suas vidas e fazendo suas coisas, ninguém fica em casa enrolado nas cobertas esperando o inverno passar.

Inverno esse que só nos deixará em Março....










4 de dezembro de 2011

E como vai o trabalho?

Olá pessoas,

Passei do meu primeiro mês no trabalho e acredito que agora consiga falar com mais prioridade sobre o assunto.
Como o assunto trabalho gera muitas dúvidas e esse post parece que ficará grande, vou dividir em pedaços para ajudar no entendimento.

Francês/Inglês no trabalho

Quando conto que trabalho com informática e mais especificamente programação, todos falam sobre as facilidades que normalmente esses profissionais têm na integração profissional. Um dos motivos sempre apontados é que, como programamos em linguagens específicas e internacionais, o francês/inglês não são prioridades na contratação. Atualmente o Brasil passou por uma missão do Québec, para encontrar profissionais de TI para virem trabalhar em Ville du Québec. Muitos reclamaram por não terem passado “só porque não tinham o francês ou o inglês tão bons”.
Esse tipo de argumento cai por terra quando sabemos que para passar em uma entrevista você precisa conseguir se expressar de maneira clara o suficiente para que o entrevistar compreenda todo seu histórico profissional.
Além disso, o trabalho em equipe é essencial e será praticamente impossível se seu francês ou inglês não for relativamente bom, o mesmo para os relatórios que você deverá ler, entender e escrever, reuniões que deverá participar e pontos de vista que deverá defender.
Perceba que eu coloquei a todo o momento as duas línguas “Francês e Inglês”, e isso mostra bastante sobre essa minha experiência enriquecedora. Aqui em Montréal é muito comum ouvirmos o inglês em todo canto, e existem muitas pessoas que são somente anglófonas. Na empresa que trabalho, se você não sabe falar muito bem francês, você será diretamente cobrado no inglês o que gera uma dinâmica particular para a empresa. Mas para não existir desculpa à não utilização do francês, existe a “francisação em meio profissional” (o que significa que a empresa sede suas instalações para o governo ensinar francês para os funcionários). Tudo isso porque existe uma lei aqui no Québec que todas as empresas com mais de x funcionários devem oferecer o curso de francês para os funcionários.
No meu primeiro dia já fiquei sabendo que toda semana teríamos reuniões com toda a equipe de tecnologia (da matriz e filiais) para falarmos sobre nosso trabalha na semana anterior e o que pretendemos fazer na qual nos encontramos. Essas reuniões são em inglês, não tem alternativa por estarmos ligados com a filial em Toronto.
Na minha segunda semana já fizemos um curso pago pela empresa para que nos certificássemos na linguagem de programação que trabalharíamos. Ou seja, com duas semanas já fui cobrado que entendesse, estudasse e no final fizesse uma prova ao mesmo tempo em que todos os outros funcionários para medir meus conhecimentos, independente se eu sou imigrante e não tão proficiente no francês. A cada final de módulo (eram mais ou menos 3 módulos por dia), tínhamos rodada de perguntas, onde o professor nos questionava sobre o conteúdo aprendido e tínhamos que dissertar sobre a teoria e suas utilizações.
Depois quando fui pegando mais responsabilidade foram chegando relatórios para escrever, reuniões para participar sobre os novos projetos e explicações a dar aos outros coordenadores das mais variadas equipes. 
E tudo o que somos obrigados a escrever na empresa, devemos fazer nas 2 línguas do país. Em inglês por causa da filial em Toronto e em francês por estarmos no Québec e sermos obrigados a tal.


Relações profissionais

No curso que fizemos pelo MICC quando chegamos ao Canadá, fomos avisados sobre algumas particularidades da relação profissional e muitas delas achei que eram inventadas. Minha surpresa foi vê-las no dia-a-dia.
É muito incomum encontrar alguém que chega ao trabalho e vai distribuindo “Bom dia” para todo mundo que encontra pela frente. Só vi isso uma única vez e era um imigrante vindo da nossa querida América latina. O normal é cada pessoa chegar em silencio e sair em silêncio, muito provavelmente falando o bom dia e o até amanhã só para as pessoas que estão ao seu lado.
No horário do almoço, quase todas as pessoas levam a famigerada marmita (do presidente da empresa, passando pelos diretores e qualquer outro funcionário) ou você pode comprar comida nos restaurantes e trazer a “quentinha” para comer na sua mesa. Enquanto a pessoa está comendo, não adianta perguntar alguma coisa do trabalho, ela não te responderá (hora de almoço não é hora de trabalho).
Com tudo isso, vocês podem me perguntar “Mas em que momento você conversa, bate papo e conhece seus colegas de trabalho?”. Para isso que existem os 5@7 (Happy hours que começam às 5h e terminam às 7h), onde todos se encontram, conversam e riem. Esses momentos são muito importantes para nos entrosarmos com os outros funcionários e colegas de trabalho.
Uma coisa que tinha ouvido no curso do MICC e vi na prática é que, alguns encontros fora do 5@7 (em final de semana por exemplo) devem ser atendidos por todas as pessoas convidadas, ou seja, se 5 pessoas resolveram se encontrar no sábado para ir no parque e por algum motivo especial 1 delas não pode nesse dia, o passeio será cancelado! Isso é algo incrivelmente novo pra mim, meio avesso a farras no final de semana com pessoas que ainda não tenho intimidade...
Os atritos também são evitados ao máximo, então isso gera certa dificuldade na hora do chefe ou diretor fazer uma crítica. Nesses momentos acontecem a tal “crítica sanduíche”, ou seja : “Elogio + Crítica + Elogio”, sendo que o assunto real era a tal crítica. “Ô fulano, o sistema que você desenvolveu está bem feito, uma pena que você não tem conseguido acabar seus projetos no prazo, mas quando os entrega tudo está igual o pedido pelo cliente, parabéns”. Nessa frase você tem que notar a crítica e agir de acordo para evitá-la das próximas vezes, para não levar um susto caso isso seja o motivo da demissão. O que nos leva para o último bloco:

Direitos trabalhistas

Como muitos sabem, a história de Vale Refeição e Vale Transporte não existe por aqui, por isso também que as pessoas levam a marmita feita em casa, mas existem outras diferenças.
Existem empregos que não possuem contrato, sendo que a prova do seu trabalho é o seu hollerith e ele deve ser guardado muito bem. Eu assinei um contrato, mas esse contrato tem um sentido maior de me informar sobre o que eu não posso fazer do que realmente falar dos meus direitos. (isso porque parte-se do princípio que todos estão abaixo das mesmas regras, podendo ser encontradas aqui)
E se na contratação a burocracia quase não existe, a mesma coisa acontece na demissão. Não espere muito respeito ao “Aviso prévio”, multa ou qualquer outra regra que “protege” (e aí eu coloco muitas aspas pois poderia começar uma discussão aqui se , no Brasil, esse tipo de regra realmente protege alguém de alguma coisa) o trabalhador ou a empresa na saída do funcionário.
Nesse meu 1 mês de trabalho 3 pessoas foram demitidas e 2 foram contratadas. Tudo acontece de uma hora pra outra, sem muito alarde. Por esse motivo eu escuto vários imigrantes falando que não se sentem profissionalmente seguros aqui no Canadá (a não ser que você faça parte do sindicato), mas eu ainda não possuo uma opinião formada sobre o assunto. Todavia uma coisa é verdade, nenhuma empresa é obrigada a ficar com algum funcionário que não precisa ou não quer, e não existirá muita “cerimônia” para a tal demissão. E lembrem-se que eles evitam o atrito, então a tal crítica sanduíche acontece mesmo nesse momento.

Conclusão

Depois de tudo isso escrito eu digo que ainda é cedo para tirar uma conclusão do meu trabalho. Tenho gostado de todas as pessoas, do ambiente, mesmo quando ele se torna estressante. Já passei por todos os estados emocionais possíveis relacionados ao trabalho, e agora estou mais calmo, passando as semanas, notando o que realmente importa.

E como tenho costume de falar : o saldo continua muuuito positivo.

Até mais

23 de novembro de 2011

E não é que nevou?

Olá Pessoas,

Post rápido só para informar que nevou aqui em Montréal. Já tinha nevado (e continua nevando) em diversas cidades da província do Québec, mas foi a primeira vez aqui.
Confesso que foi um pouco assustador acordar e ver tudo branco, ao mesmo tempo que imaginava o quanto eu demoraria para chegar no trabalho.
Além disso, tivemos o problema da neve que derrete e congela novamente gerando "calçadas de gelo". Incrivelmente escorregadio e perigoso.

Bem, post só para marcar a data, não tinha muita coisa pra contar....ainda. Logo mais farei o post sobre 1 mês de trabalho.


19 de novembro de 2011

Pedindo reembolso dos estudos de francês - parte 2

Olá pessoas,

Estávamos devendo a última parte da história do reembolso pago pelo governo de Québec para quem estudou francês em determinadas escolas. A primeira parte dessa história está aqui .

Após o primeiro rendez-vous do Micc ganhamos um novo número de referência começando com C. Esse número deve ser escrito na parte superior do formulário de reembolso.

O reembolso será enviado pelo correio, então o ideal é pedi-lo somente quando já tiver o endereço definitivo.

O formulário pode ser enviado pelo correio para o MICC :

Ministère de l’Immigration et des Communautés culturelles
Registraire et services à la clientèle
800, boulevard De Maisonneuve Est, 3e étage, bureau 301
Montréal (Québec) H2L 4L8


Ou pode ser entregue em mãos no serviço de imigração-québec mais próximo da sua casa, que foi o que fizemos.

Depois de mais ou menos 1 semana, eles enviam uma carta informando o valor que será pago após análise.Depois de umas 2 semanas eles enviam os cheques com o valor do reembolso.

Vocês devem achar q eu expliquei de uma forma muito simples, mas felizmente é simples assim. Não tivemos contestação de valores ou alguma carta do governo falando " se você estudou francês no seu país de origem, porque você quer fazer francisação?".

Tudo tem sido assim, seguindo nosso cronograma e nossa pesquisa. Ficamos quase malucos na época dos preparativos para imigrar, mas tem valido à pena.

Até mais pessoas.

13 de novembro de 2011

3 meses de Canadá

E completamos 3 meses de Canadá!
Sei que deixarei logo logo de comemora-los, porém por enquanto ainda é incrivelmente importante lembrar dessas datas para pararmos o ritmo frenético da vida, relembrarmos dos sucessos, dos fracassos, olharmos o caminho que trilhamos e pensarmos se estamos realmente caminhando em direção ao que objetivávamos.
            Então essas paradas não são tanto para informar a vocês como foi nosso mês, mas para que no futuro nós possamos olhar pra trás, reler e relembrar.
           Nesse nosso terceiro mês começamos a moldar nossa rotina. Saímos um pouco da loucura da chegada e entramos num dia-a-dia mais comum e ritmado.
            Também comecei a trabalhar e a estudar ao mesmo tempo, fazendo com que eu forçasse minha integração à sociedade. A grande loucura da rapidez do passar do tempo, é que esquecemos quanto tempo estamos aqui e nos cobramos coisas que um imigrante recém-chegado não é capaz de suprir. Como ainda não completei 1 mês de trabalho, ainda não estou pronto para escrever um post relatando minhas experiências, mas posso adiantar que estou gostando muito.
            A correria do estudo + trabalho tem nos deixado incrivelmente cansados, mas muito felizes com os resultados, pois temos evoluído muito.
            Não esquecendo que somos filhos de Deus e precisamos de diversão, temos feito passeios de turistas, encontrados amigos, aproveitado a vida de casal e ficado incrivelmente felizes com todos os resultados.
            Como costumo dizer, o saldo tem sido positivo e é muito bom que seja, pois tudo tem sido fruto dos nossos esforços, planejamento e paciência.
            Que mais meses venham, que criemos raízes cada vez mais firmes e que os frutos não parem de nascer na nossa árvore das realizações.

            Coloco abaixo algumas fotos desse mês:


















27 de outubro de 2011

E estou trabalhando!

Como eu tinha dito no post sobre o club de busca de emprego eu só enviei 1 currículo, mas esse currículo deu resultado, estou trabalhando desde segunda-feira!!! Bem, deixe-me explicar direito: Sabendo que aqui cada um fala que o CV deve ser construído de uma determinada forma, eu fiquei muito em dúvida se o formato que utilizei era o errado para o mercado de trabalho canadense. Por esse motivo resolvi envia-lo para uma agência de recolocação profissional chamada Abacus que me foi indicada pela agente do MICC. Queria que alguém da agência me desse um feedback positivo ou negativo.
 No mesmo dia um conselheiro da agência me ligou, fiz uma entrevista pelo telefone em inglês e francês e fui convidado a ir conhecê-lo pessoalmente.

Chegando à agência conversamos novamente e passei por outra entrevista. No final conversamos mais descontraídamente e eu pude fazer algumas perguntas sobre como era essa agência de recolocação profissional. Existem algumas que contratualmente prendem o empregado na agência por um tempo determinado ou indeterminado sendo ela que faz o seu pagamento (e normalmente não tem benefícios). Ou seja, você não é empregado da empresa mas sim da agência (terceirizado). Felizmente não era o caso dessa. Recebi um feedback positivo do meu comportamento na entrevista e das minhas capacidades na língua (mesmo eu achando q não sabia nada). Chegando em casa ele me mandou um teste técnico para responder. Achei beeeem difícil, mas respondi tudo e me saí muito bem.(o que me surpreendeu, pois além da dificuldade do teste, nesse dia ainda não tínhamos colocado internet então respondi o teste no meio de uma praça de alimentação de shopping lotado).

Depois de alguns dias ele me ligou para falar que uma empresa estava interessada no meu currículo e perguntou se eu estava interessado. Disse que sim e lá fui eu fazer minha primeira entrevista.
 A entrevista foi com 2 pessoas: 1 falando inglês e a outra francês (sendo que uma delas era a diretora de TI da sede em Montréal). Falei sobre minhas experiências e depois fiz um teste técnico oral (nunca tinha feito isso na vida). Voltei na mesma empresa outro dia para fazer um teste prático e depois fiz uma entrevista por videoconferência com o diretor de TI da filial em Toronto (também em inglês e francês).
Enquanto fazia todas essas entrevistas eu continuei fazendo o curso de busca de emprego e pegando dicas muito interessantes sobre como passar por entrevistas.
A empresa me ligou de novo para falar que um outro diretor queria me conhecer. Fui até lá para encontrá-lo. No começo da entrevista ele me fala : “Você provou tecnicamente ser muito capaz e passou por tudo. Essa entrevista é só para saber se eu gosto de você, da sua personalidade e se te quero aqui dentro”. Eu pensei na hora: “Ferrou!”.
Conversamos sobre mim, sobre meu currículo (sem entrar em partes técnicas), e falei falei falei. Ele queria me ouvir falar...

Depois disso fiquei muito preocupado. Pois tinha chegado em um ponto que eu não tinha mais o que esperar, pois a entrevista tinha sido “senta aí e vamos ver se nossos ‘santos batem’ “.
No final eles cobraram minhas referências no Brasil , ligaram e mandaram email para o pessoal lá fazendo perguntas sobre mim. (agradeço MUITO a todos da última empresa que trabalhei no Brasil. Vocês foram imprescindíveis! Como sempre carinhosos comigo...).

Depois disso tudo eles fizeram a proposta de emprego, para o início dali há 2 semanas! Além de tudo ainda tive 2 semanas de “férias” rsrsrsrsr . A proposta foi muito boa e os benefícios da empresa muito bons.

Aí nesta segunda-feira eu comecei. Ainda é cedo para eu poder contar alguma coisa sobre a interação com os outros e como estou na empresa, mas estou gostando muuuuito da experiência! E a experiência de falar diariamente duas línguas diferentes no trabalho e ainda fazer um curso de francês de noite é incrivelmente desgastante, mas muito boa!

Bem, depois falo mais sobre isso.

até

ps: Esqueci de falar que eu me inscrevi no programa PRIIME o que me ajudou na hora de discutir salário. O Eric do Eu no Québec fez um post sobre o assunto, então não vou repetir aqui.

19 de outubro de 2011

Entendo transações bancárias...

Olá pessoas,

Quando pensamos no Canadá Como país desenvolvido com regras e leis mais justas e pertencente ao G8, deixamos de pensar q no Brasil podem existir ( e existem logicamente) coisas mais desenvolvidas que aqui.
Ia falar sobre isso em mais um post sobre as curiosidades do Canadá, mas resolvi criar um post separado para algo muito importante: o sistema bancário.
Temos conta em 2 bancos, não por termos muito dinheiro, mas para aproveitarmos de diversos benefícios, então temos até hoje essas experiências, além de uma das nossas gerentes ser brasileira e conhecer bem os dois sistemas e suas diferenças.

É muito bom ter taxas de juros mais justas, não ter porta giratória, mil seguranças e inúmeras comprovações de identidade. Mas apesar disso, tecnologicamente o sistema é atrasado.

Se você pagar algo com cheque ou receber um cheque como pagamento, tenha em mente q o cheque demorará mais de uma semana para ser descontado. Caso seja de outra província passa de 10 dias.
Se precisar fazer doc para outra conta, pode ser q vc tenha q ir até sua agência, sem possibilidade da internet, e some mais uns dias para isso.
Nossa gerente fala q qdo chegou aqui contava q no Brasil o cliente imprimia suas folhas de cheque no caixa eletrônico e as pessoas ficavam assustadíssimas com isso. Pedir folhas de cheque é algo demorado e caro.


Entendo que a necessidade faz o criador e seria completamente impossível para o Brasil exigir q todos fossem até a agência para efetuar essas transações. As filas seriam muito maiores do q já são contando o tamanho da população brasileira.

E agora algumas coisas q eu acho serem diferentes:

  • Ao utilizar o cartão de débito existem inúmeras perguntas q à máquina lhe faz além da senha
1.     Primeiramente você tem que escolher qual tipo de conta deseja usar para o pagamento: Conta principal ou Poupança
2.     Após confirmar o valor da compra, algumas máquinas lhe perguntam se você deseja acrescentar algum valor ao valor da compra. Ou seja, você paga o valor da compra e o restante o atendente lhe devolve como se fosse um troco. Muito utilizado caso você tenha uma conta com limite de saques, esse tipo de transação entra como "compra", então você não ultrapassa seu limite.
3.     E em muitos lugares à máquina ainda pergunta o valor da caixinha q vc dará pro atendente ( lembrando q aqui o normal é 15%). Você acrescenta o valor que deseja e clica em OK.
  • A maioria das contas não possui código de barras, e caso você queira pagar pela internet a transação é um pouco diferente. A maioria das contas possui um "código de conta" associado ao seu cadastro de cliente, você entra no internet banking do seu banco e cadastra a empresa na sua conta utilizando esse código que será o mesmo para as próximas transações que você fará. Após isso você coloca o valor que será direcionado. Ou seja, não é bem um pagamento de conta, mas como se fosse uma transferência de valor para a sua conta dentro da prestadora de serviços. CUIDADO, pode ser que esse tipo de transação demore até 5 dias para que seja identificada na empresa, e diferente do Brasil ,mesmo você tendo pago no dia do vencimento esses 5 dias podem vir de juros na próxima. Então sempre preveja essa demora no pagamento.

Provavelmente existem mais coisas, porém vou colocando com o tempo.

E tudo vai seguindo conforme previsto...



até

12 de outubro de 2011

"Ação de graças" aos 2 meses

Olá pessoas,

No sábado fomos com as pessoas do curso de francês colher maçãs. A entrada na fazenda e a colheita em si são gratuitos, você pode ajudar a fazenda comprando uma sacola para lhe auxiliar no transporte das maçãs.
Além da colheita, existe um restaurante, lanchonete e loja de souveniers.
Foi um dia muito interessante, mesmo eu não sendo tão fã de maçã.

Nessa segunda-feira foi o feriado de ação de graças aqui no Canadá. Embora tentem fazer a ligação histórica, essa época coincide com a última colheita agrícola. A idéia era agradecer pela fartura obtida nas plantações.
Nós pessoas “não-agrícolas” não teríamos tanto para “agradecer”, porém segunda-feira foi um dia bem especial: completamos 2 meses de Canadá.
Então aproveitamos o último feriado quente do ano para fazer uma retrospectiva da nossa vida canadense.
Felizmente continuo dizendo que o saldo tem sido bem positivo, tudo tem fluído da forma prevista e isso é muito gratificante. Não entendam com isso que as coisas tem caído do céu, muito pelo contrário, temos corrido atrás e suado para cada conquista, mas isso não é motivo para temor, isso torna tudo ainda mais valoroso.
Agora estamos entrando em uma outra fase da vida, com trabalhos, estudos e o inverno que se aproxima. São experiências novas que nos esperam e estamos preparados para cada uma.

Ainda temos uma longa jornada pela frente, com dias bons e ruins, mas espero que quando chegarmos nesses momentos de retrospectiva tenhamos somado mais saldos positivos.

Coloco abaixo umas fotos do feriado no parque Angrignon aqui na frente de casa.

Até mais pessoas!














9 de outubro de 2011

Tempo ao Tempo: Equivalência de Enfermagem



Olá a todos.
Como eu já escrevi aqui sobre a equivalência de diploma de enfermagem no Québec, segue uma atualização da saga.

Desde 2009, a Ordem das Enfermeiras e Enfermeiros do Québec (OIIQ) alterou as regras da avaliação das experiências dos enfermeiros formados fora do QC. Uma vez aprovada a equivalência de diploma pela ordem é fornecida a possibilidade de realizar um estágio remunerado de 40 dias de integração em meio hospitalar OU a realização de curso de integração profissional num Cégep com duração variável de 6 a 9 meses. As regras do estágio podem ser vistas aqui. A decisão de quem vai para o estágio ou Cégep fomentam especulações para muitos enfermeiros, uma vez que o francês não é avaliado a priori pela ordem. Alguns enfermeiros brasileiros que conheci aqui, que receberam a opção do estágio acreditam isto ocorre em função do pouco tempo de formado (menos de 3 anos).

Bom, polêmicas à parte, o fato é que a realização de estágio desonera “o sistema de integração”, pois no modelo de integração do Cégep há necessidade de uma infra-estrutura para a adaptação desses enfermeiros com custos para o governo (custos Cégep + eventuais bourses e auxílios do Emploi-Quebec) e aumento no tempo para lançar essa mão-de-obra necessária ao mercado de saúde. Para os enfermeiros há muitos benefícios relacionados a possibilidade de trabalhar o mais breve possível desde que sejam aprovados ao término do estágio.
Uma coisa não mudou: seja para os que fizerem a integração na forma de estágio ou como curso no Cegep, há obrigatoriedade de realizar prova da ordem para ser considerado enfermeiro no Québec. Antes disso somos CEPI (Candidatos ao Exercício da Profissão de Enfermagem), conforme expliquei em post antigo.
No meu caso não recebi a opção de estágio, pois na carta da ordem explicaram que tenho a maior parte dos meus cinco anos de formado com experiência em saúde pública, o que me deixaria fora do contexto hospitalar quebécois. Ansiedades à parte, achei uma decisão acertada e boa para mim no sentido que vai me permitir fazer uma grande atualização dos conteúdos relacionados à minha profissão.

O grande problema: não posso chegar em qualquer Cégep com minha cartinha da OIIQ e dizer “Olá, sou enfermeiro, vocês precisam muito de mim, vou estudar aqui com vocês”. Hehehehe.... Não funciona assim. A OIIQ fornece os nomes dos Cégeps que oferecem o curso de integração para enfermeiros e há um processo seletivo diferente conforme cada um. Em Montréal neste ano, os Cégeps de Vieux-Montréal (formação em francês) e John Abbott College (em inglês) oferecem o curso; e em Longueuil, o Cégep Edouard-Montpetit (em francês).

Pois bem, realizei na última quinta-feira minha seleção para o Cégep do Vieux para a turma que iniciará em dezembro (e com duração até julho/2012!). São três etapas de avaliação: na primeira, há uma prova de conhecimento de francês escrito (ditado + redação). A segunda etapa é uma entrevista com uma enfermeira, que faz perguntas técnicas junto a uma coordenadora do Cégep que avalia sua comunicação oral. Ao término dessas duas há ainda uma prova de cálculos de medicamentos e matemática para saúde.

Há sempre uma boa e uma má notícia. A má é que em Montréal as seleções são as mais concorridas (na primeira etapa são dois dias de testes, com cerca de 65 pessoas em cada dia disputando 24 vagas). A boa notícia é que já foram fornecidas as datas previstas para as turmas do Cégep Vieux para 2012, que são 23/janeiro, 22/maio, 18/junho, 22/outubro e 19/novembro. Então, se não der certo agora tento de novo para janeiro. Aguardo agora o resultado da primeira etapa... e a saga continua...

Abraços a todos e CUIDEM-SE, pois o sistema de saúde daqui parece não ser uma Brastemp...
Marcos

8 de outubro de 2011

Curso de Interação


Olá pessoas,

Como falei no post anterior, durante as tardes eu estava fazendo um curso (o curso terminou ontem) o que deixou minha rotina um pouco complicada.
Quando fui ao encontro do conselheiro do MICC falar sobre meu currículo, ele me disse que somente nos centros locais de emprego (Centre Local de Emploi) que eu teria esse tipo de auxílio. Portanto ela me passou um centro comunitário (Centre Communautaire) especialista nessas questões.
Como aqui no Québec a primeira entrevista normalmente é por telefone, e eu ainda não me sentia seguro na língua francesa para isso, resolvi que enquanto prosseguia com a francisação faria esse curso para me informar sobre o mercado de trabalho... ledo engano.
Esse tipo de centro comunitário se chama Centro de Busca de Emprego (Centre de Recherche de Emploi), porém o foco deles não é só ensinar sobre o mercado do trabalho e falar sobre currículo, o foco é a recolocação profissional. Ou seja, eu que estava apavorado com a entrevista telefônica e me achando com o francês deficiente, entrei em um curso para quem fala francês fluente e quer arranjar emprego rapidamente.
Não que o curso impeça imigrantes, mas existe um aconselhamento individual voltado para imigrantes com menos de 5 anos de Canadá, então no curso tinham imigrantes de 10 à 30 anos de Canadá, alguns québecois e eu com 1 mês e meio rs.
O curso possuía 10 alunos para influenciar a interação e ajudar na parte prática por 3 semanas todos os dias, o dia todo. Tivemos informações muito úteis do “Marché caché” (vagas de emprego que não são colocadas em internet ou jornal) e como acessa-las sem precisar das agências de placement (recolocação profissional) ou chasseurs de tête (headhunters). Entramos em contato direto com empresas e empregadores, tendo que ser articulado o suficiente para iniciarmos contatos profissionais e aumentar rede de contatos. Eu particularmente achei o curso com métodos de guerrilha, mas mesmo assim o recomendo para quem deseja saber mais do mercado de trabalho. Só um conselho: se sinta à vontade no francês. O curso não é de francisação, então parte do pressuposto que você sabe se expressar muito bem.
Como avisei antes o meu foco não era a busca do emprego, tanto que só enviei 1 currículo durante todo o período, mas descobrir as diferenças das interações aqui no Québec com as do Brasil. E se desde que chegamos aqui em terras geladas tenho dito que o contato com os québécas tem sido ótimo e diferente da tal “frieza” que alguns relatam, agora depois desse curso eu digo que ou eu tive sorte ou existe gente que aumenta demais algumas coisas...
Fizemos amizades, trocamos experiências, compartilhamos muitas histórias de vida e nos ajudávamos nos diversos momentos. Quando no meio do curso eu entrei em crise achando que não ia conseguir continuar, pois achava puxado demais e não me sentia preparado para esse passo, todos me deram força para seguir em frente. Aprendi gírias e expressões, entendi como muitos agem sob diversos assuntos críticos e me integrei.
Todos os dias quando chegava em casa eu estava exausto, brincava com o Marcos dizendo que falar francês era mais cansativo que uma corrida no parque, mas isso tinha um fundo de verdade. Todas as minhas frases eram trabalhadas e elaboradas antes de ser ditas, isso depois de 8 horas intensas de comunicação me deixavam incrivelmente exausto. E foi com muita felicidade que no final do curso, percebi o meu progresso já interagindo automaticamente à assuntos e situações.

O curso realmente me preparou para o emprego. Talvez não do modo que eles tinham imaginado, mas do modo que eu queria, agora sim posso tentar interagir sem o medo de que a comunicação não seja estabelecida...

28 de setembro de 2011

Iniciamos a francisação!

Olá pessoas,

Quando nós chegamos em Montreal, apesar de toda a confusão da moradia tínhamos em mente a importância da francisação (curso de francês gratuito do governo para imigrantes). Inscrevemos-nos na francisação tempo integral e enquanto esperávamos a convocação sem saber quando seríamos chamados para fazer o teste de nível, desejávamos fazer algum outro curso de francês para ajudar na integração.
Existem inúmeras escolas de francês que cobram uma fortuna, mas como dizem que tenho escorpião no bolso, fiquei em dúvida entre duas:
 Francisação tempo parcial (4 à 12 horas semanais) do governo que é gratuito
 comissão escolar (tempos variados) com um valor de mais ou menos 50$ por semestre.

Marcamos um rendez-vous em uma comissão escolar para fazer a inscrição, porém infelizmente foi no mesmo dia da nossa mudança, e por isso tivemos que cancelar a ida. Depois disso entramos na correria de diversas coisas de casa nova, NAS que sumiu/roubado ou não entregue e um monte de pequenos problemas e esquecemos completamente de atentar para o calendário de inscrição.
Quando ficamos sabendo, as inscrições já tinham passado e a comissão escolar já estava na segunda semana de aula. Após gritos, choro e ranger de dentes Sem problema, pegamos o calendário de inscrição e olhamos qual era aqui perto de casa.
Mesmo depois da data, ligamos para a secretária e conseguimos um horário para conversar com a coordenadora e conseguimos as vagas.
O que acontece é o seguinte: a maior quantidade dos imigrantes cai na sala de iniciantes e por isso eles ficaram com vaga nas turmas mais avançadas. Sorte nossa que foi exatamente na escola perto de casa, pois ligamos à outras para ver se isso acontecia com todas e não possuíam mais vagas.
Tivemos que ir outro dia para fazer o teste de nível e deu tudo certo,  dia 26 de setembro começamos as aulas.

O curso é bem interessante. É meio difícil enquadrar pessoas de tantas nacionalidades com sotaques diferentes em um mesmo nível, então tem gente que fala com certa dificuldade, mas também tem gente que fez mestrado na França, não tenho do que reclamar.

Mas não é só isso, nossa rotina anda bem corrida: O Marcos faz esse curso à tarde e um outro curso durante a noite. Eu faço um outro curso durante o dia e o de francês durante a noite. Quais cursos extras são esses que fazemos? Falo mais no próximo post.

Até mais pessoas.


23 de setembro de 2011

Curiosidades do Canadá

Como já temos 1 mês e alguma coisa de Canadá, resolvi escrever algumas coisas curiosas que temos notado nessa nossa caminhada. Lembro que quando estava no Brasil gostava de ler sobre essas particularidades canadenses e quando a Pati do blog “Patitando” criou os posts com o resumo de todas as coisas que ela achava interessante relatar, eu ficava sempre esperando o próximo post relacionado. Por isso resolvi copiá-la e criar aqui também:


- Crianças grandes andam no carrinho de bebê: É muito interessante a quantidade de casais que fazem isso. Talvez seja um método de evitar carregar a criança nos braços quando ela se cansa de caminhar, porém é incrivelmente bizarro ver uma criança toda encolhida pra caber no carrinho, ou de repente ver uma criança grande pular de dentro dele e sair andando para subir as escadas.

- Eles dão o troco exato, independente do valor: Não importa se é $0,98 , $0,99, $0,02 ou o que for, eles sempre dão os centavos contados, logo é muito fácil de repente você se ver carregando um pacote só com moedas de 1 centavo. Principalmente pessoas como eu que odeiam usar moedas...

- Andar de pijamas pela rua não tem problema algum (e por pijama eu digo até pantufas): Aqui normalmente as pessoas não ligam (ou fingem muito bem não ligar) como os outros se vestem ou agem nas ruas. Logo independente da roupa que você está vestindo ou do que esteja fazendo, todo mundo vai te ignorar sumariamente, pois sua vida é sua vida. Já vimos 2 pessoas com pantufas em lojas. Qual o problema, não é mesmo? Para mim, nenhum...

- Se você olhar as lojas de perfume e roupas de grife verá inúmeros turistas ou imigrantes. Raramente veremos um Québecois pure laine. Segundo o curso que fizemos sobre o modo de vida Québeca, eles não gostam de ostentação.

- Os idosos aqui têm vidas ativas, normalmente movidas por amigos e passeios: É muito fácil os ver no Mcdonalds, reunidos, batendo papo e comendo lanche. O inverso também existe, é possível os ver andando com dificuldade, apoiando em bengalas, mas completamente sozinhos, sem parentes para ajudá-los.

- As maiorias das praças de alimentação não possuem o esquema de senha, é por ordem de chegada e você espera na fila o seu prato. Além disso, o próprio prato e talheres são descartáveis. Acho engraçado imaginar algumas pessoas que eu conheço indo ao “shopping” e comendo com garfo e faca de plástico em um prato descartável rsrsrs.

- Os parques possuem horários que permitem o acesso ao público, mesmo que não possuam portões ou muros. Então pode ser que caso você esteja caminhando na grama que pertence ao parque, no horário em que ele se encontra “fechado”, você receberá uma multa.

- Aqui é o único lugar que eu vejo fraldário ou trocador de fraldas no banheiro masculino. E também vi várias vezes os pais usando-os. Não tem isso de que só a mulher faz a parte “suja” rs...

É isso pessoas, escrevo mais depois.

4 de setembro de 2011

Sim, sobrevivemos

E não é que estamos vivos?
Olha, digo uma coisa para quem está vindo : a mudança para a nova casa não é algo fácil.
Por diversas razões, sair da casa alugada na Ragq e entrar na casa nova calhou de cair no mesmo dia. Para conseguir levar nossas malas e comprar diversos utensílios, resolvemos alugar um carro.

Alugar um carro tinha se tornado uma dúvida nossa, pq não temos habilitação internacional, somente a tradução. Segundo as leis da SAAQ (o Detran do Quebec. Não confundir com a SAQ, lojas que vendem bebida alcoólica) podemos usar nossa habilitação por 6 meses se tivermos a tradução, porém as locadoras de auto falam da importância da carteira internacional. Com a cara e coragem, recebemos a dica do E. e fomos na locadora chamada enterprise. Como tínhamos o costume de alugar carro no Brasil, já sabíamos os procedimentos, só o preço e os modelos q são beeeeem diferentes rs. Para quem não sabe a maioria dos carros são automáticos e conheço pessoas q odeiam carros assim, logo as escolhas ficarão um pouco limitadas.

Quando fomos na imobiliária pra devolver as chaves, ficamos um tempo procurando um lugar para parar. Milagrosamente encontramos um local vazio e fomos para a Ragq. Quando voltamos, a POLICIA estava parada ao lado do carro.
Eu: Esse carro é meu.
Policial: sabia q vc está há 5 minutos de receber uma multa?
Eu: Como?
O Policial apontou pra uma placa q deveria informar à necessidade de uma etiqueta no carro.
Policial: onde vcs foram?
Eu: na imobiliária.
Policial: ok, podem ir embora.
Ufa! Já me imaginei com uma multa na carteira québécois q eu ainda nem possuo.

Depois disso corremos para a IKEA. Já conheciamos a loja pq nossa amiga Ju foi mais do que gentil em nos mostrar e dar os primeiros toques.
Para quem não conhece, a IKEA Montréal fica um pouco afastada da cidade, em uma região industrial. É uma loja tipo etna gigante com a diferença que você anota o código dos móveis que deseja, você vai até o estoque busca as partes do mesmo, paga e pede pra entregarem, coloca no seu carro ou aluga um caminhão. Isso mesmo, se vc comprar uma cama, vc vai até o estoque e vc pega aquele monte de madeira pesada sem ajuda. É uma visão interessante de serviço.
Decidimos comprar os móveis importantes (como a cama para podermos dormir naquela noite), pagar e pedir pra entregar (pois tem um horário limite para entregas no mesmo dia), depois voltaríamos e compraríamos os utensílios.
Antes de pegar os móveis no estoque vimos q o nosso limite para pagamento débito não ia ser suficiente para tudo isso e fomos atrás de um banco pra sacar o restante. Quase tivemos q voltar à Montréal pra encontrar um. Quando voltamos à IKEA para pegar e pagar os móveis, vimos q a fila para à entrega estava enorme. Por sorte fomos os penultimos a termos entrega pro mesmo dia, porém por causa disso não conseguimos comprar os utensílios.
Deixamos tudo e fomos até à Canadian tire comprar umas ferramentas e na The Brick pra comprar um sofá. Sim, nem tudo na IKEA vale à pena, vc tem q pesquisar muuuuuito.

Os móveis não demoraram pra chegar e já ficamos nos divertindo(#NOT) para montar o q dava.
No outro dia fomos comprar os utensilios e fizemos um tour pelas lojas. Compramos coisas na IKEA, dollarama, canadian tire, zellers, wallmart e loblaws.
No outro dia chegaram alguns sofás e a parte da limpeza do apartamento só foi terminar mesmo hj.
Depois coloco as fotos do apto, aproveitarei pra falar sobre os diversos produtos de limpeza daqui.

Mas à sensação de ver tudo arrumado.. não tem preço.

Até mais pessoas.
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23 de agosto de 2011

Não iremos para debaixo da ponte


E já temos o contrato do aluguel (Bail) do nosso apartamento!

Como muitos sabem aqui em Montreal a época em que se encerram os contratos de aluguel é 31 de junho. Como nós chegamos depois desse período, eu esperava sérias dificuldades em encontrar apartamentos para locação. Porém isso não aconteceu.
Se entrarem no site do Kijiji (http://montreal.kijiji.ca/ esse é de Montréal) e do Craiglist (http://montreal.fr.craigslist.ca/) verão a quantidade de anúncios que existem mesmo nessa época do ano, nem estou citando outros inúmeros sites de busca e imobiliárias. Existe ainda pessoas que não colocam anúncios em sites, mas escrevem na janela do apto ou na porta dos prédios/casas uma placa com “Aluga-se” e telefone.

“Ah! Mas então é facílimo achar apartamento. Não sei por que comemorar tanto por ter encontrado um”. Bem, aí é que está o problema...

As fotos que compõem o anúncio não são necessariamente fiéis ao apartamento real. Mesmo que muitas fotos pareçam depreciar o apartamento de tão mal tiradas, ainda assim muitas vezes é 3x pior pessoalmente.
Fomos a apartamentos que eram menores do que meu banheiro. Fomos a outros cujos armários da cozinha estavam quebrados, outros com buracos no teto do corredor, outros cujo chão pareciam esponjas e afundavam conforme pisávamos...

Como disse antes, a data de mudança é em julho, então os apartamentos que olhávamos sobraram por algum motivo...

Mas não deixem que isso abale vocês pq existem muitas pessoas que por diversos motivos estão saindo de apartamentos bons e vocês conseguirão alugar. Ou os apartamentos que eram ruins foram reformados...

Encontramos todas essas opções acima e quando encontrávamos apartamentos realmente bons, não vinham com nada incluso (sem aquecimento, sem eletricidade, sem nenhum móvel ou entrada para eletrodomésticos).

Enfim, ao encontrar um apartamento legal, você preenche uma ficha com seus dados. Aí que está o problema relatado por muitos imigrantes, como o de proprietários ou imobiliárias que checam o histórico de crédito para verificar se o futuro locador é na realidade um risco. Porém um imigrante recém-chegado não possui histórico de crédito e por isso não passará na investigação. Existem outros relatos de preconceito somente por ser imigrante.

Felizmente nós não passamos por esses problemas. Encontramos proprietários muito corretos e pragmáticos. Não estavam interessados em bate-papo desnecessário ou choradeira, queriam fazer um negócio.
Visitamos esse apartamento 2 vezes para ter certeza e quando nos decidimos, fizemos nossa proposta um pouco depois de um outro casal ter terminado de visitar o apto e feito a deles. Com 2 propostas os proprietários tiveram que se decidir e escolheram a gente.

Tivemos muita sorte. Procurávamos um apartamento chamado aqui de 3 ½ (apartamento de 1 quarto), mas acabamos alugando um 4 ½ (apartamento de 2 quartos) perto do metrô, de serviços (supermercado, farmácia e etc)  e de frente para um parque que adoramos quando o conhecemos no inverno (agora no verão é 4x mais lindo, lógico).

Enfim, essa primeira saga está terminada. Já podemos respirar aliviados.

Agora nos aguarda a etapa dos móveis no melhor estilo Do It Yourself.

22 de agosto de 2011

Contato com o consulado Brasileiro

Hoje começamos o curso para imigrantes do Micc chamado “S’adapter au monde du travail québécois et Vivre ensemble au Québec”. Como o curso é dirigido para imigrantes francófonos, no primeiro momento dá aquele receio de falar nosso francês ainda não tão fluente ali, no meio deles. Mas isso é só no primeiro momento, a turma é muito divertida e a professora consegue prender a atenção (mesmo estando com um cachorro no meio da sala O_o). Recomendo muito o curso para os que estão chegando, muitas dicas importantes de comportamento em sociedade.
Terei novas avaliações sobre o curso mais pra frente.

Uma coisa que esqueci de contar é que como muitos sabem o Marcos é enfermeiro e já está com tudo relacionado à ordem dos enfermeiros pronto. A OIIQ deu carta branca pra ele começar o curso, então só estamos esperando a abertura das escolas e das palestras relacionadas ao assunto. Para fazer a inscrição alguns documentos devem estar traduzidos para o francês por alguém da ordem dos tradutores do Québec cuja lista de membros é um pouco extensa. Felizmente o Marcos já possuía a indicação de um tradutor : Emanuel Freitas. 
Ele é brasileiro e vive aqui há mais de 28 anos fazendo traduções inclusive de quem ainda está no Brasil. Ele é um senhor incrivelmente gentil que nos recebeu em seu apartamento, nos deixou confortáveis e conversamos um pouco sobre o Canadá, o frio e mesmo sem pedirmos ele nos deu dicas sobre a integração.
Foi incrível conversarmos com quem está aqui há tanto tempo...

Ele nos lembrou da importância de transferirmos o título de eleitor para o Canadá, pois mesmo sendo imigrantes ainda votamos nas eleições de Presidente da República. Quando tivermos que renovar o passaporte brasileiro, essa pendência deve estar em dia. Também é interessante nos cadastrar no site do consulado (em Montreal) caso queiramos receber notícias de eventos brasileiros aqui...

Abração pessoas

até

21 de agosto de 2011

Reaprendendo o dia-a-dia

Olá Pessoas

Quando eu estava no Brasil e lia alguns blogs comentando esse período em que o imigrante dá seus primeiros passos, sempre li as pessoas dizerem que a vida acelerada as engolia e logo depois percebiam que já tinham feito 1 mês ou mais de Canadá . Eu por outro lado fiquei surpreso quando olhei a folhinha e percebi que só passamos a marca de 10 dias!? Se eu pensar na quantidade de informação que foi absorvida, parece que estamos no segundo mês. Rsrs

Quando decidimos imigrar, temos que estar cientes que não é só profissionalmente que deveremos dar alguns passos para trás. No dia-a-dia essa mesma regra se aplica.

Nesse tempo aprendemos como lavar/secar roupa, regras de trânsito, como pegar ônibus, como descer do ônibus (importante se não quiser ficar dando voltas sem sentido rsrs), como fazer compras no mercado, como pagar suas compras de maneira automática e como é importante termos dinheiro contado sempre conosco. Aprendemos também os pontos importantes que devem ser analisados ao se alugar um imóvel, que não encontraremos diversos produtos que gostávamos normalmente nas prateleiras dos mercados e, por isso teremos que garimpar outros por aqui.

E o melhor é que ainda não tivemos uma experiência negativa na troca com outras pessoas. Felizmente temos encontrado pessoas simpáticas mais do que alegres em nos ajudar sem reclamar e nos explicar como proceder em determinadas situações. E mesmo com diversas pessoas falando o quão frios são os québecas, encontramos pessoas que nos elogiaram, riram, contaram piadas e bateram um papo conosco, mesmo tendo acabado de nos conhecer.
Sei que não posso pegar essa amostra para o resto da população ainda mais tendo pouco mais do que 10 dias aqui e sei que existe o preconceito contra o imigrante como diversos já relataram. Por isso mesmo que agradeço aos céus não termos tido esse tipo de experiência nesse período de chegada.

Logicamente que nada nos foi dado de mão beijada, mas até agora nenhuma dificuldade foi maior do que já tínhamos previsto. Até diria que algumas coisas foram mais fáceis...

Bem pessoas, eu fico por aqui e coloco algumas fotinhas desses dias aí embaixo. Nessa semana começaremos um curso do governo sobre os valores do Québec, mas depois falo disso.

Até

Jonatas.










Multas!!!








 Muuuito importante aqui em Montréal, onde o Norte não fica no norte...


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